A atividade antrópica e o risco de contaminação dos recursos hídricos são uma crescente preocupação para as agências reguladoras, órgãos públicos, privados e para os profissionais que atuam na área. Diversos estudos têm sido desenvolvidos nos sistemas estuarinos brasileiros, principalmente os relacionados ao levantamento da fauna bentônica e dinâmica de nutrientes. Entretanto, estudos que envolvem a avaliação da contaminação ambiental decorrente da emissão por ações antrópicas dos elementos do grupo da platina e de metais tóxicos como o Cd, Pb e Sn ainda são escassos. A intervenção antrópica tem ocasionado o desconhecimento do comportamento ambiental, destino e impacto desses elementos. Essas ocorrências evidenciam a importância e necessidade de estudos sobre como esses metais podem tornar-se quimicamente/bioquimicamente ativos e móveis nas interações com várias matrizes ambientais sob condições climáticas variáveis. Portanto, objetiva-se o desenvolvimento de métodos analíticos para a determinação do conteúdo total de Cd, Pb, Pt, Pd, Rh e Sn em amostras de mariscos (mexilhões, ostras e lambretas) e peixes provenientes de sistemas estuarinos, como a Baía do Paranaguá (Paranaguá – PR), sob ação antrópica utilizando técnicas espectroanalíticas. De forma mais específica, almeja-se propor metodologias baseadas em determinações por ICP OES, GFAAS e ICP-MS visando a determinação do teor total dos elementos supracitados e então avaliar os teores dos elementos traço nas amostras empregando ferramentas de análise exploratória. A partir do monitoramento de elementos alvo, será possível utilizá-los como indicadores do impacto que as atividades antropogênicas podem ter no ambiente e na saúde humana.